SEGURANÇA DO PACIENTE

Eu queria ser médico. E quando eu era mais novo fiz teste vocacional. Minha mãe pegou meu teste, olhou e falou:

  • Você tem talento pra ser médico
  • Sério?
  • Sério. Sua letra é horrível.
    Uma vez eu passei num médico que tinha a letra tao feia que ele me receitou um dipirona e eu acabei levando um viagra. Passei a noite inteira transando e espirrando.

E minha irmã é médica e ela me contou que tem uns procedimentos de identificação, que o primeiro procedimento é vc ter a certeza por documentos de que o paciente que vc vai atender é o paciente correto. 
Eu falei: 

  • Ué, mas nao dá pra saber só olhando?
  • No Japão, não deu certo.

Paciente correto – Ele ta sempre com a razao, ta sempre corrigindo o médico
Sábado, nao vai ser possível pra mim operar – pra eu operar, mim nao faz nada. vc nao eh índio
Por q vc ta aqui? 
Pq junto ou separado?
O médico pensa: esse eu vou operar sem anestesia.

E a pessoa que é atendida tem direito a escolher como quer ser chamado. É o tal “Nome Social”. Quando eu soube disso, me deu uma vontade de zuar.
Me perguntam: Como vc quer ser chamado? Eu: “Bota aí ‘Batman’. Me chama de ‘Gostosão 22’.”
A pesso me pergunta:

  • É a sua idade?
    Eu: Não, não é não.

E no hospital, eles dão uma pulseirinha de identificação com seu nome, os dados, etc. Esses dias eu entrei num hospital, a enfermeira falou:

  • Vc ja passou aqui? Você já ta com a pulseirinha.
  • Nao, é que eu tava no Villa country.

E eu acho que a balada e o hospital tem muita coisa em comum. Porque em ambos a hora que eu entro perguntam meu nome, me dão uma pulseirinha e vira e mexe eu saio carregado dos dois.

Mas esse negócio de saber o nome exato da pessoa é importante pra vida. Eu perguntei pra uma menina:

  • Seu nome é Viviana ou Viviane?
  • É Carol

Outra história bizarra é que um cara fã de Grey’s Anatomy foi preso porque se passou por médico. Vestiu o jaleco e se fez de médico. Mas ele não fez nenhum procedimento. Porque ele se fantasiou de médico do SUS.

E o pior, ele não foi preso. E fez isso de novo. Fez isso 2 vezes. Acho que esse cara ta viciado. O cara fica:

  • Alguém tem um jalequinho aí? Tem: Só unzinho pra mim. Tem? Um do Branquinho?
    O cara é o Fábio Assunção da Medicina.

E tem um caso grave de médico que esqueceu a tesoura dentro do paciente. Eu pensei: Gente, mas será que o médico nao tinha uma mesinha do lado pra apoiar? O que ele pensou:

  • Vou deixar aqui do lado do rim. Não vou esquecer.
    Gente, que dó isso, né. Sério, esquecer a tesoura dentro de uma pessoa é algo de cortar o coração, né.

Gustavo Boleiro

Mestre de cerimônias, ator, palestrante e comediante.
Especialista em stand-up corporativo.

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